Bruno Fernandes resolve, mas foco de Amorim é outro: "Ataca, defende..."
- 09/12/2025
O Manchester United deixou para trás o empate concedido perante o West Ham, em pleno Old Trafford, a uma bola, e regressou, esta segunda-feira, aos triunfos, ao levar de vencida o Wolverhampton, no Molineux Stadium, por 1-4, na sequência de mais uma grande exibição da autoria de Bruno Fernandes.
Envergando a braçadeira de capitão, o internacional português marcou dois golos e ainda deu outro a marcar. No entanto, na conferência de imprensa que se seguiu ao apito final, o principal alvo dos elogios do compatriota, Ruben Amorim, foram para Mason Mount, que assinou, à passagem dos 62 minutos, o tendo que desferiu a 'machadada final' no encontro da 15.ª jornada da Premier League.
"Ele tem muita qualidade, consegue defender, consegue atacar... Quando toca na bola, é muito bom. Não é surpresa para mim, mas, por vezes, temos de tomar conta dele. Por vezes, temos de protegê-lo nos treinos e nos jogos, mas acontece o mesmo com Luke Shaw. Ele vai construir e vai ser muito importante para nós", começou por afirmar.
"É um tipo diferente de líder. Não é como o Licha [Lisandro Martínez], por exemplo. É um tipo que lidera pelo exemplo. Seja qual for a situação, Mason Mount é sempre o mesmo, a treinar, a falar, a lidar com as pessoas, em Carrington... E isso não é fácil. Vai ser um jogador muito bom", acrescentou.
O treinador luso explicou, ainda, a inconsistência do inglês: "Por vezes, tem a ver com motivos táticos. Por vezes, o Cunha joga nessa posição, mas, por vezes, também temos de proteger o Mason Mount. Aquilo que fizemos com o Luke, no ano passado, estamos, agora, a fazer com o Mason, a tomar conta dele.".
"Mais uma vez, depois de marcarmos um golo, fomos um pouco desleixados"
Apesar do (bom) resultado, Ruben Amorim sublinhou que o Manchester United ainda tem muito trabalho pela frente: "Mais uma vez, depois de marcarmos um golo, fomos um pouco desleixados com bola, e isso deu alguma esperança ao adversário, mas também criámos muitas oportunidades, na primeira parte".
"Devíamos ter terminado essa parte de outra forma. Ao intervalo, eles perceberam que tínhamos tudo para vencer o jogo, para conquistar os três pontos, e foi o que fizemos. Penso que a velocidade e a qualidade que demonstrámos, na segunda parte, percebendo que o momento do Wolverhampton é muito difícil... Aproveitámos isso", refletiu.
"Temos de evitar os cruzamentos. Penso que tivemos mais espaço para ir à linha e fazer esse tipo de jogadas. Com a qualidade que têm, quando têm um pouco de espaço, jogam muito bem. Perceberam o tipo de jogo que deveriam praticar, com as caraterísticas que têm", prosseguiu o ex-Sporting.
"No nosso clube, não importa o ciclo que tens, o momento ou se jogaste bastante bem, no jogo anterior. O que importa é como jogamos o seguinte, por isso, foquemo-nos isso. Temos de melhorar a maneira como jogamos. Temos de encontrar uma maneira diferente de jogar, por vezes, e estamos a pensar nisso. Estamos a trabalhar, e o jogo com o Bournemouth vai ser um mundo diferente", completou.
A palestra ao intervalo
A terminar, o timoneiro dos red devils revelou a "simples" conversa que teve com os jogadores, ao intervalo, para os 'catapultar' para uma melhor segunda parte: "Era preciso estarmos muito distraídos para perder três pontos, contra o Everton. Podíamos ter tido mais dois pontos, contra o West Ham. Olhem para a tabela, olhem para o ambiente, olhem para tudo".
"Se temos tudo lá, que façamos tudo. Por vezes, alcançamos o resultado, por vezes, perdes pontos, mas, se olhando para a primeira parte, percebemos que tínhamos de vencer, na segunda. Seja qual for o resultado, se marcas um golo, tens de marcar dois, e, depois, com outra margem, podes jogar com mais qualidade", rematou.
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