Brasil endurece medidas contra condenados por conspiração após tentativa de fuga
- 27/12/2025
A medida, determinada por Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal, para evitar novas tentativas de fuga, foi executada hoje pela Polícia Federal contra 10 réus cujas condenações ainda estão sujeitas a recurso, de acordo com a agência espanhola EFE.
Os réus estavam localizados nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e Brasília.
Os condenados, que estavam em liberdade enquanto os seus processos eram julgados e sujeitos apenas a medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal, como o uso de pulseiras eletrónicas, vão ficar agora em prisão domiciliária, onde deverão continuar a usar o dispositivo de controlo à distância.
As autoridades também os proibiram de usar redes sociais, contactar outros suspeitos sob investigação e receber visitas. Além disso, exigiram a entrega de passaportes e licenças de porte de arma suspensas.
A ordem surge após a captura do ex-diretor da Polícia Rodoviária brasileira, Silvinei Vasques, no Paraguai, na sexta-feira, quando tentava embarcar num voo com destino a El Salvador.
Condenado a 24 anos e seis meses de prisão, Vasques estava em liberdade no Brasil, uma vez que a sua condenação ainda não era definitiva e poderia recorrer, estando por isso apenas sujeito a medidas cautelares, como o uso de pulseira eletrónica.
No dia de Natal, cortou o dispositivo e fugiu para Assunção num veículo alugado, acompanhado de um cão e de provisões.
Na sexta-feira, foi intercetado no aeroporto de Assunção após entrar ilegalmente no país com identidade de um cidadão paraguaio, que tinha sido expulso do Paraguai e detido pelas autoridades brasileiras em Foz do Iguaçu.
Vasques foi considerado culpado pelo Supremo Tribunal Federal por organizar uma operação para dificultar acesso dos eleitores às urnas durante o segundo turno das eleições de 2022, favorecendo Bolsonaro, que acabou sendo derrotado por Lula da Silva.
O ex-presidente está a cumprir pena de 27 anos e três meses de prisão numa cela especial na sede da Polícia Federal, em Brasília, embora esteja atualmente num hospital particular da capital a recuperar de uma cirurgia a uma hérnia bilateral.
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