BCE. Banqueiros portugueses veem com bons olhos candidatura de Centeno
- 18/11/2025
Durante a conferência "Grande Encontro Banca do Futuro", realizada hoje em Lisboa, os gestores do BPI, Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos e Santander foram questionados se o ex-governador do Banco de Portugal é um possível bom candidato e se o executivo de Luís Montenegro deve apoiá-lo.
O presidente executivo do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, afirmou ser "importante" haver "um português em qualquer lugar de destaque na Europa" e, por isso, entende que o Governo "deve sempre apoiar qualquer português num lugar importante na Europa".
"Precisamos de mais pessoas em lugares importantes, nos lugares de decisão, para termos influência", disse.
O presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP, Miguel Maya, embora discorde que ter um nome português seja, por si só, uma condição suficiente, vê a candidatura do ex-ministro das Finanças como uma boa aposta para o BCE.
Na sua perspetiva, são necessárias "pessoas boas [em primeiro lugar], pessoas boas portuguesas em segundo lugar", sendo importante ter responsáveis competentes a servir o projeto europeu. Se um responsável estiver em igualdade de circunstâncias em competência com uma pessoa de outra nacionalidade, aí sim prefere "de longe o português".
Quanto a Centeno, o CEO do BCP disse que "é um bom nome" para exercer essa função.
Também Francisco Cary, vice-presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), vê Centeno um bom nome.
"Acredito que o dr. Mário Centeno tem o currículo, tem a experiência, tem a capacidade", disse, ressalvando que não conhece quem são os restantes candidatos e que concorda com a "visão intermédia" de que o importante é ser um bom candidato e que "não é por ser português [que] necessariamente deve ser promovido".
"Ter pessoas com melhor conhecimento da realidade portuguesa em lugares-chave nos centros de decisão europeus tendencialmente ajudará também a perceber o que são, em alguns casos, os desafios específicos de Portugal e das instituições portuguesas em determinados momentos", disse.
O presidente executivo do Santander, Pedro Castro e Almeida, afirmou igualmente fazer "todo o sentido" Portugal posicionar-se nesta corrida.
"Parto do princípio de que quem está candidato [como português] a qualquer cargo tem a capacidade para exercer esse cargo", disse, frisando que "não há meias medidas" e que "faz todo o sentido" a agenda do Governo promover a presença de portugueses em cargos europeus.
Mário Centeno foi governador do banco central português entre julho de 2020 e outubro de 2025, depois de ser ministro das Finanças nos Governos de António Costa entre novembro de 2015 e junho de 2020.
Enquanto governante, foi presidente do Eurogrupo entre 2018 e 2020, tendo igualmente sido presidente do Conselho de Governadores do Banco Europeu de Investimento entre 2017 e 2018.
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