Barco de pesca que naufragou em Aveiro já tinha tido acidente mortal
- 18/12/2025
A embarcação que naufragou ao largo de Aveiro, na terça-feira, com sete pessoas a bordo, já tinha tido um acidente trágico há 20 anos.
A informação é revelada hoje pelo El Progreso. De acordo com o jornal espanhol, o barco de pesca, com bandeira portuguesa, que naufragou matando quatro pessoas, chamava-se agora Carlos Cunha mas, há duas décadas, quando teve o primeiro acidente mortal, o seu nome era Siempre Casina.
Recorda o El Progresso que a 22 de fevereiro de 2005 o Siempre Casina, que operava a partir de Burela, quase se afundou ao largo da costa de Ribadeo, na Galiza, Espanha. Na altura, oito dos seus nove tripulantes morreram.
Na sequência do trágico acontecimento, o barco foi vendido e comprado, em 2008, pelo armador português António Cunha, proprietário da empresa Baleeira Pescas. A embarcação passou assim a chamar-se Carlos Cunha, tinha como base Vila Praia de Âncora e bandeira portuguesa.
20 anos depois, a tragédia voltou a atingir a embarcação de pesca que agora afundou-se definitivamente em águas portuguesas.
O alerta para o acidente foi dado às 7h50 de terça-feira. Carlos Cunha tinha partido do porto de Vigo no dia 9 de dezembro, com sete tripulantes indonésios a bordo. Dois sobreviveram, foi encontrado em paragem cardiorrespiratória e acabou por morrer e quatro foram dados como desaparecidos.
Segundo a Marinha Portuguesa, tudo indica que o barco de pesca do espadarte tenha sofrido uma entrada de água enquanto navegava a mais de 200 milhas náuticas, aproximadamente 370 quilómetros, de Aveiro.
Esta quinta-feira, 18 de dezembro, dois dias depois do naufrágio, a Marinha Portuguesa suspendeu as buscas pelos quatro tripulantes desaparecidos.
Nas buscas participaram uma embarcação de patrulha da Marinha, a NRP Figueira da Foz, um avião da Força Aérea e dois barcos de pesca que estavam nas proximidades participaram da operação. Um deles, responsável pelo salvamento dos dois tripulantes que sobreviveram.
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