Autoridade Palestiniana rejeita Israel como "parceiro de segurança"
- 15/09/2025
"Este Governo de extrema-direita em Israel não pode ser parceiro de segurança na nossa região", declarou Mahmoud Abbas na cimeira árabe-islâmica de emergência realizada em Doha, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Abbas pediu "uma posição árabe e islâmica firme e uma intervenção dos Estados Unidos e do Conselho de Segurança para travar" o que descreveu como "práticas criminosas" do executivo liderado por Benjamin Netanyahu.
O Qatar acolhe hoje uma cimeira organizada pela Liga Árabe e pela Organização de Cooperação Islâmica (OCI), que reúne mais de 50 chefes de Estado e altos responsáveis de países árabes e islâmicos.
Além de Abbas, encontram-se entre os participantes os presidentes egípcio, Abdelfatah al-Sisi, turco, Recep Tayyip Erdogan, e iraniano, Masoud Pezeshkian, o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.
Abbas disse que a cimeira visa apoiar Doha após o bombardeamento israelita e afirmou que a segurança do Qatar é partilhada com os restantes países árabes.
"Reiteramos que a segurança da nossa região será alcançada quando cessar o genocídio, o deslocamento forçado, o roubo de terras e de recursos, e quando terminar a ocupação israelita dos territórios palestinianos", afirmou.
Israel atacou Doha em 09 de setembro, tendo como alvo uma reunião de negociadores do Hamas que discutiam uma proposta de Washington para um cessar-fogo em Gaza.
O ataque matou cinco elementos do grupo radical palestiniano e um polícia do Qatar.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques de militantes extremistas liderados pelo Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, que mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns.
Desde o início da ofensiva em Gaza que se seguiu ao ataque, as forças israelitas mataram mais de 64.800 pessoas.
Devido à ofensiva em Gaza, Israel enfrenta acusações de genocídio e de uso da fome como armada de guerra, que nega.
Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido consideram o Hamas como uma organização terrorista.
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