Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro vota pela libertação do seu presidente
- 08/12/2025
Os deputados estaduais apoiaram a revogação da detenção de Bacellar por 42 votos a favor, principalmente de representantes da direita, contra 21 votos, e agora a decisão será comunicada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que terá de acatar a decisão.
O presidente da Assembleia foi detido na quarta-feira por ordem do STF.
Segundo um comunicado do Supremo Tribunal Federal, que ordenou a detenção de Bacellar, "existem fortes indícios" de que este participou na obstrução de operações policiais e colaborou para frustrar o cumprimento de mandados judiciais contra o ex-vereador e ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como 'TH Joias'.
'TH Joias' foi detido em setembro, acusado de ter servido de intermediário com o Comando Vermelho, uma das organizações criminosas mais antigas e perigosas do Brasil, para a compra de droga, fuzis e equipamentos anti-drone.
De acordo com o juiz Alexandre de Moraes, que determinou a detenção, os factos relatados pela Polícia "são gravíssimos", uma vez que Bacellar estaria a obstruir investigações e ações relacionadas com o crime organizado, incluindo com eventual influência do Poder Executivo regional.
Na decisão, o juiz afirma que Bacellar "tinha conhecimento prévio da operação policial, comunicou-se com Thiego - o principal alvo da ação - e até o aconselhou sobre a retirada de objetos de interesse investigativo".
As investigações indicam que, graças às informações fornecidas pelo presidente do legislativo regional, 'TH Joias' conseguiu apagar dados do telemóvel e desfazer-se de objetos da sua residência antes da operação policial, realizada em 03 de setembro.
Bacellar, que iniciou a carreira política em 2018, passou a ser investigado a partir de 2023 pelo Ministério Público regional por suspeitas de enriquecimento ilícito.
Atualmente exerce o segundo mandato como presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, cargo para o qual foi eleito por unanimidade.
Bacellar, cuja defesa nega as acusações, é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e do atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que queria que o deputado o sucedesse no cargo.
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