Após incêndio fatal, Macau apoia Hong Kong com 3,33 milhões de euros
- 28/11/2025
Num comunicado, o Executivo de Macau explicou que a doação, "para apoiar o Governo [de Hong Kong] a responder e acompanhar o trabalho de recuperação do incêndio grave", será feita através da Fundação Macau.
A fundação, criada originalmente em 1984, ainda durante a administração portuguesa, recebe 1,6% das receitas do jogo nos casinos da cidade, para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos.
O Governo de Macau lamentou que o incêndio tenha causado "feridos graves, mortos e destruição de edifícios" no complexo de habitação social Wang Fuk Court, em Tai Po, nos Novos Territórios, no norte de Hong Kong.
As autoridades de Macau sublinharam a "profunda amizade e relações humanísticas, económicas e comerciais de longa data" que unem as duas regiões administrativas especial chinesas.
Citado no comunicado, o chefe do Executivo de Macau, Sam Hou Fai, voltou a demonstrar "profundo pesar e as sentidas condolências aos familiares das vítimas do incêndio".
O líder do Governo apelou "aos diversos sectores da sociedade local para tomarem iniciativas e apoiar [Hong Kong] através de vários meios, demonstrando a profunda amizade e proximidade das duas regiões".
O executivo de Hong Kong criou um fundo com 300 milhões de dólares de Hong Kong (33,3 milhões de euros), que começou na quinta-feira a aceitar donativos para apoiar as vítimas do incêndio mais mortífero na cidade desde 1948.
Pelo menos 128 pessoas morreram em consequência do incêndio que deflagou na quarta-feira à tarde, de acordo com o balanço atualizado hoje pelas autoridades locais, que deram conta da existência de 79 feridos.
O chefe de segurança da região administrativa especial chinesa, Chris Tang, precisou que 89 corpos resgatados não foram ainda identificados, e que 200 pessoas continuam desaparecidas. Neste número, estão incluídas as pessoas não identificadas.
Os bombeiros de Hong Kong concluíram hoje as operações de combate ao incêndio, num complexo residencial construído nos anos 80, composto por oito torres com perto de 30 andares e um total de 1.984 apartamentos, onde viviam cerca de quatro mil pessoas.
Também hoje, o Instituto dos Assuntos Municipais (IAM) de Macau pediu cuidado aos residentes durante caminhadas e passeios ao ar livre, uma vez que, "com a diminuição da chuva e o tempo seco, o risco de incêndios florestais aumenta".
Num outro comunicado, o IAM disse que realizou hoje um simulacro no novo Mercado Abastecedor, para "melhorar a sensibilização para a segurança contra incêndios" dos comerciantes.
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