Agente baleado em operação no Rio de Janeiro morre após semanas internado
- 22/11/2025
Um dos agentes baleados na megaoperação policial contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, no final de outubro, acabou por morrer após mais de 20 dias internado, aumentando para cinco o número de polícias mortos.
Segundo o G1, o agente Rodrigo Vasconcellos Nascimento, da 39.ª Delegacia da Polícia do Rio, no bairro de Pavuna, morreu na madrugada deste sábado no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.
"Notícia muito triste. Ele estava melhorando a cada dia. Estive no último domingo a visitá-lo e soube depois pelo médico que ele ficou animado e chegou até a sentar depois", afirmou o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi.
"Rodrigo foi mais um grande herói que deu a sua vida pela sociedade. Não foi e jamais será em vão. Que Deus o receba de braços abertos e conforme os familiares e amigos", sublinhou.
Nas redes sociais, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota de pesar pela morte do agente, "em decorrência da violência praticada por terroristas que afrontam o Estado e colocam a população em risco".
"Rodrigo honrou a nossa instituição. Sua coragem e comprometimento permanecem como exemplo. É por ele - e por todos que tombaram em serviço - que não iremos recuar", destacou a autoridade.
Já o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse ter recebido a notícia "com tristeza" e culpou o "ataque de narcoterroristas" durante a megaoperação.
"Reafirmo meu compromisso de seguir firme no enfrentamento a esses criminosos que espalham medo e sofrimento, sem recuar um centímetro", garantiu.
Sublinhe-se que, no dia da operação contra o Comando Vermelho, a 28 de outubro, quatro agentes morreram nos confrontos. Foram identificados como Cleiton Serafim Gonçalves (42 anos), Heber Carvalho da Fonseca (39 anos), Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (51 anos) e Rodrigo Velloso Cabral (34 anos).
A megaoperação contou com cerca de 2.500 polícias e decorreu nas comunidades que compõem os complexos de favelas da Penha e do Alemão, com o objetivo de prender os líderes da organização. Além dos cinco polícias, morreram quatro civis e dezenas de membros da organização criminosa, incluindo chefe de facções de vários estados. O número de mortos é agora de 123.
O Comando Vermelho dedica-se principalmente ao tráfico de drogas e de armas, e o seu centro de operações situa-se no estado do Rio de Janeiro, onde controla algumas comunidades da cidade, embora tenha presença em grande parte do país, especialmente na região da Amazónia.
A organização nasceu na década de 1980, quando a ditadura militar concentrou nas mesmas prisões delinquentes comuns e membros de grupos de guerrilha com formação política e até militar.
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