Agenda Nacional para IA deve ter foco estratégico em áreas críticas
- 08/11/2025
Em 14 de outubro, o secretário de Estado para a Digitalização afirmou que a Agenda Nacional para a Inteligência Artificial (IA) será publicada "muito em breve" juntamente com o plano de ação para a Estratégia Digital Nacional.
Instado a comentar, em entrevista à Lusa, Paulo Dimas diz esperar que "saia uma Agenda para a Inteligência Artificial que tenha um foco estratégico em algumas áreas críticas".
"Sem criarmos massa crítica em algumas áreas [...] não vamos conseguir fazer a diferença, não vamos conseguir lançar os desafios que fazem reter este talento em Portugal", sublinha o CEO.
Enquanto associação, "esse é o nosso papel [...] de aconselhar o Governo nesses vetores estratégicos para criar massa crítica".
Por sua vez, o cofundador da Sword Health André Eiras, que também faz parte da associação, refere que o Centro tem responsabilidade para ajudar Portugal a crescer.
Se o Governo "criou este ministério, este novo departamento, para transformar, nós, enquanto portugueses, temos essa responsabilidade", prossegue André Eiras.
"Acreditamos, verdadeiramente, que Portugal tem um talento que é muito, muito elevado", reforça, defendendo que "é preciso conseguir criar as fundações para que o talento português acredite que é possível, porque esse é o problema" do país, prossegue o confundador da Sword.
"Portugal tem um problema de crença", de que "é possível mudarmos o mundo de Portugal", reforça, apontando que o país já foi assim "no tempo dos Descobrimentos".
Segundo o responsável, é preciso "mudar este 'mindset' [mentalidade]" para voltar ao do Magalhães.
"Também queremos incutir e ajudar" Portugal a "se elevar" e "isso passa pela retenção de talento, passa pela atração de talento que está fora, talento português e não português que está fora e que neste momento voltou e que está cá a trabalhar", adianta, referindo que há exemplos na Sword, no Centro e nas outras startups.
O Centro "é 'core' [central] para tudo isto e, portanto, estamos a trabalhar ativamente com o Governo porque queremos fazê-lo e porque temos essa responsabilidade de o fazer", remata André Eiras.
Questionado como vê o desenvolvimento da inteligência artificial no espaço de seis a 12 meses, Paulo Dimas diz que o que se perspetiva é começar a ter uma IA que aumenta a produtividade em determinados tipos de tarefas, às quais se dá autonomia (um agente IA), prevê.
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