Acordo com Mercosul? Aprovada cláusula que salvaguarda agricultores da UE
- 16/12/2025
A alteração legislativa foi aprovada com 461 votos favoráveis, 161 contra e 70 abstenções, durante o plenário em Estrasburgo (França), o último de 2025.
O Mercosul inclui o Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e a Bolívia.
A Venezuela está suspensa por incumprimento dos requisitos democráticos inerentes à integração nesta organização político-económica.
Com esta alteração ao texto, os eurodeputados querem que seja feita uma monitorização a cada três meses para ver como evolui o mercado e para que se possam mitigar possíveis prejuízos para os agricultores.
Na última sexta-feira, a Comissão Europeia disse esperar aval dos países da União Europeia (UE) à assinatura do acordo comercial e de parceria com o Mercado Comum do Sul, cuja oficialização aconteceria no dia 20 de dezembro em Brasília.
"As negociações relativamente ao [acordo com o] Mercosul estão em curso, por isso esperamos realmente ter todas as condições necessárias para permitir a assinatura no próximo fim de semana", disse a porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho, na conferência de imprensa diária.
Este acordo está a ser negociado há 25 anos.
Há uma semana, os eurodeputados da Comissão de Comércio Internacional aprovaram um conjunto de regras para proteger os agricultores da UE, nomeadamente a suspensão das tarifas preferenciais para os países do Mercosul.
Também nesse dia, França e Polónia mostraram-se contra o acordo comercial entre a UE e o Mercosul, enquanto a maioria dos países se revelou a favor, em vésperas de votações decisivas para ratificar o acordo em 20 de dezembro.
Num encontro com diplomatas europeus no Brasil, país que lidera o bloco do Mercosul até ao fim do ano, as vozes europeias que concordam com a ratificação deste histórico acordo suplantaram em grande número as discordantes.
Diplomatas de Portugal, Espanha, República Checa, Países Baixos, Suécia, Croácia, Alemanha, Eslovénia e Malta demonstraram o apoio ao acordo que visa eliminar a maioria das taxas aduaneiras de importação para criar uma das maiores zonas de livre comércio do mundo.
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