A forma como fala pode revelar um transtorno de personalidade. Saiba como
- 26/12/2025
Os transtornos de personalidade, apesar de serem complexos e exigirem um diagnóstico aprofundado, todos têm uma abordagem diferente e, alguns deles, podem ser identificados através do uso de determinado vocabulário.
Este fenómeno é semelhante à teoria que diz que "somos aquilo que comemos", mas neste contexto passamos a ser aquilo que dizemos, ou pelo menos, baseado na forma como também o dizemos.
Os investigadores que chegaram a esta conclusão revelaram ao Science Alert que existem alguns exemplos concretos que sustentam esta teoria.
Os diagnósticos mais comuns através dos sinais de vocabulário podem incluir o transtorno narcisista, antissocial e o transtorno de personalidade borderline.
Contudo, o método de análise não é assim tão simples ou linear e requer sempre outras formas de diagnóstico. Nem sempre se poderá tratar de um transtorno. Estes especialistas explicam que, por vezes, todos poderemos ser um pouco narcisistas, por exemplo, e isso não é necessariamente uma condição clínica que exija um tratamento ou qualquer abordagem psiquiátrica.
Como identificar um possível transtorno de personalidade
Seja através de uma mensagem rápida, um e-mail longo, uma conversa casual com um amigo ou um comentário online, as "palavras que as pessoas escolhem discretamente revelam padrões mais profundos de como pensam, de como se sentem e de como se relacionam com os outros".
Esta investigação, em concreto, partiu de alguns exemplos extremos. Os investigadores guiaram-se por alguns métodos diferentes, sendo que um deles incluía a análise feita por linguistas que analisaram cartas pessoais do serial killer austríaco Jack Unterweger – "amplamente visto como um caso clássico de narcisismo maligno".
Na avaliação da escrita do indivíduo encontraram "níveis incomumente altos de linguagem individualista", isto é, em que o serial killer usava frequentemente um discurso centrado nele próprio, através do uso do "eu", "eu" e "eu", por exemplo. A par disso, mantinha um "tom emocional notavelmente plano".
Numa análise semelhante de cartas de outros assassinos, estes apresentavam algumas diferenças. Exibiam uma "redação grandiosa, distante e focada na dominância".
Para aprofundar esta investigação, alguns psicólogos sustentam que "as pessoas funcionam internamente com base em sofrimentos do passado" e esclarecem que isso se reflete na linguagem. Chegando, por isso a usar uma linguagem mais focada em si e em palavras emocionais com uma carga mais negativa.
Pessoas com "traços de personalidade mais sombrios" tendem a usar linguagem mais hostil, negativa e desconectada, incluindo palavrões ou palavras de raiva, como "ódio" ou outras expressões repetidas para descrever determinadas situações. A par disso, usam menos termos socialmente conectados, como o "nós".
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