25 Novembro? "Só uma pessoa muito sectária não consegue perceber..."
- 25/11/2025
Em resposta a perguntas formuladas pelos jornalistas, no final de um almoço-debate promovido pela CIP (Confederação Empresarial de Portugal), o ex-chefe do Estado-Maior da Armada também adiantou que, se for eleito Presidente da República, aceitará discursar numa sessão solene dedicada ao 25 de Novembro de 1975.
O almirante começou por concordar com a advertência hoje deixada pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, no sentido de que a democracia nunca está adquirida.
"A democracia vive-se todos os dias, constrói-se todos os dias para o futuro, e não podemos relaxar na defesa da democracia. Vivemos numa sociedade que foi construída com base em duas datas: o 25 de Abril e o 25 de Novembro", sustentou.
Gouveia e Melo considerou que o 25 de Abril de 1974 representou uma rutura com o regime anterior e o 25 de Novembro, "de alguma forma, reconfirmou essa liberdade que foi e ganha no dia 25 de abril",
Na sua perspetiva, estas duas datas da História de Portugal complementam-se: "Só uma pessoa ideologicamente muito sectária é que não consegue perceber que as duas datas estão relacionadas e se completaram. Uma deu a liberdade e outra confirmou essa liberdade", defendeu.
O almirante rejeitou qualquer "competição" entre as datas de 25 de Abril e 25 de Novembro.
"As duas datas fazem parte do mesmo período. Houve uma data que libertou a população de uma ditadura feroz e houve outra data que evitou que, depois dessa libertação, se caísse noutra ditadura. Portanto, uma é a liberdade e a segunda é a confirmação dessa liberdade", acrescentou.
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